Autor: Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 528
Gênero: Distopia
Classificação: 3 estrelas
Sinopse: A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. No poderoso desfecho da trilogia Divergente, de Veronica Roth, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.
“Pessoas da Erudição que vão para a Audácia se tornam cruéis e brutais. Pessoas da Franqueza que vão para a Audácia costumam se tornar viciados em adrenalina, exaltados que gostam de arrumar briga. E pessoas da Abnegação que vão para a Audácia se tornam... não sei, acho que soldados. Revolucionários.”
Não sei nem como começar essa resenha, minha vontade é sentar, chorar e depois tacar fogo nesse livro, tamanha a minha revolta!
Antes de qualquer coisa, preciso avisar que essa resenha será um pouco ácida, então se você gostou do livro... sinta-se livre para discordar da minha opinião. Se você não gostou, aproveite esse espaço e destile seu veneno/raiva/ódio. Se você ainda não leu... é... leia e venha comentar sua opinião!
Em Convergente nós temos uma aula de como NÃO concluir uma trilogia ou série!
Vamos a um breve recap...
A trilogia Divergente surgiu em um ótimo período para as distopias, Jogos Vorazes estava no auge, recém concluída e tinha deixado uma legião de fãs ‘órfãos’. Então Divergente chegou para ocupar um espaço ‘vazio’ no coração da galera que foi arrebatada pela ferocidade de Katniss e sua trupe revolucionária...
Quando conheci Divergente, eu era uma dessas órfãs, então fiquei muito empolgada quando comecei a ler essa nova trilogia que tinha chegado na área. Li o primeiro livro pela terceira vez para resenhar aqui no blog, Insurgente foram duas vezes e enfim cheguei em Convergente... que decepção!
Os dois primeiros livros são incríveis, Verônica Roth constrói sua sociedade baseada em manifestos inspiradores, mas que ao longo dos anos perdem o sentido para sua população/sociedade dividida em facções. A premissa de Divergente, creio que todos conhecem, então vamos pular para a parte em que Veronica Roth destrói um trabalho brilhante.
“De uma tirana para outra. Este é o nosso mundo agora.”
Insurgente termina com todos enlouquecidos com a revelação feita através do vídeo que Quatro libera, onde é contada uma breve história de como e porque aquela cidade foi estruturada daquela forma. Mais perguntas surgem, um novo governo autoritário e tão violento quando o de Jeanine é instalado e tudo o que nossos heróis querem é sair da cidade e descobrir o que existe por trás da cerca.
“Não importa o que existe lá fora. Precisamos ver com nossos próprios olhos. Depois lidaremos com isso.”
A novidade em Convergente começa quando descobrimos que o livro passa a ser narrado pela visão da Tris e do Quatro, é interessante entrar na cabeça do Quatro e descobrir mais do homem que possui apenas quatro medos. Até aí tudo ok... só até aqui mesmo.
Durante o desenrolar dos eventos, senti como se estivesse lendo um novo livro, com personagens totalmente diferentes. A Tris e o Tobias que vimos nos primeiros livros estão muito mudados, podemos culpar isso aos eventos que viveram, mas analisando tudo o que ambos passaram, seria uma desculpa muito simples e frágil.
Tobias se transforma em um cara extremamente inseguro, inconsequente, petulante... insuportável! Eu não conseguia reconhecer o cara que admirava nos livros anteriores, estrategista, que levava a Tris a ser melhor do que ela mesma considerava ser possível. A Tris por outro lado age como se fosse a mãe dele e em alguns momentos algo bem pior... é tanta troca de farpas e palavras duras entre o casal ‘20’ que cheguei a me assustar...
“Não devemos acreditar nas coisas só porque melhoram a nossa vida. Devemos acreditar nelas porque são verdadeiras.”
Ao longo da trama, vemos a autora recorrendo a clichês frágeis que não cabiam à história... E o final, sério, que idiota! Eu terminei de ler era 2 horas da manhã, estava aos prantos e me perguntando: Como essa mulher foi capaz de fazer isso!?????!
Alguns dizem que foi uma decisão corajosa, outros que foi covarde. Eu digo que foi uma decisão preguiçosa! Os últimos capítulos me deram a impressão de “vamos acabar logo com isso”. É inverossímil as soluções que a autora propõe, eu estava lendo junto com a Michelli e fomos comentando esses últimos capítulos e ao final a sensação era a mesma, impossível isso acabar de maneira tão simples ou idiota! Várias questões foram levantadas para chegarem à conclusão alguma. Novamente, inverossímil.
Acho que esse é o máximo que posso falar sem soltar spoilers, o livro só está ganhando três estrelas porque está recheado de quotes e conceitos que admiro, fora isso foi uma completa decepção para esta fã.
Assim concluo a trilogia Divergente, e se você ainda não leu esse livro a dica é: Seja Corajoso!
“A Careta havia pulado primeiro.
Nem eu pulei primeiro.”
Se vocês gostou ou desgostou da resenha, deixe um comentário! Vou ter o maior prazer de responder.
Xoxo
Até breve!