Série: Corte de Espinhos e Rosas
Ordem: 2
Autor: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Gênero: YA / Fantasia
Páginas: 658
Ano: 2016
Classificação: 3 estrelas
Sinopse: O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.
E a tão aguardada continuação de Corte chega em minhas mãos e, depois de uma leitura intensa ... não sei como me sentir, ou o que dizer. Digamos que não foi tudo aquilo que eu esperava, mas ainda assim foi bom... mas poderia ter sido imensamente melhor. Okay, okay, vamos ao que interessa.
Aqui a história continua após os terrores vividos Sob A Montanha. Tamlin e Feyre estão tentando seguir suas vidas do modo mais normal possível, mas será que isso é possível? Feyre tenta desesperadamente se adaptar à vida de grã-féerica e Tamlin tenta recuperar o tempo perdido sem seus poderes e governando suas terras. Rhys, mesmo com aquele acordo de uma semana ao mês levar Feyre para a Corte Noturna, fica três meses sem dar as caras, e todo mundo acha isso estranho.
A questão é que, por mais normal que todos se esforcem em viver, os horrores, torturas e tudo o mais que ocorreu durante o domínio de Amarantha, mudaram a vida de todos no reino féerico, e Feyre se vê cada vez mais deprimida e longe de Tamlin, pois ele quer protege-la a todo custo, muitas vezes sem se importar com o que ela está sentindo. Lucien, por sua vez, tenta ajudar Feyre, mas acaba acatando as ordens de seu amigo, sem questioná-las, o que deixa a garota se sentindo ainda mais sozinha.
Além de tudo isso, existe a questão de Feyre ter certo tipo de poderes, que Tamlin tenta negar e prefere não enxergar, e isso vai matando-a aos pouquinhos. É claro que ele também está enfrentando dificuldades em sobreviver a tudo que aconteceu naquele período negro de suas vidas. Ver Feyre morrer e voltar, enfrentar toda aquela maluquice, sem contar as torturas que sofreu. Foi demais para ele também.
É então que, em meio a cerimônia de casamento dos dois, Rhys aparece, pois sente que Feyre estava precisando de sua ajuda. E ele cobra o acordo feito entre eles. E aí, meus amigos, vai tudo por água abaixo.
Conforme Feyre vai se descobrindo cada vez mais distante de Tamlin, algo acontece dentro dela. Seus poderes, seu passado, seus sentimentos... tudo está a maior confusão. E as coisas com Rhys estão cada vez mais confusas, pois ele não é o canalha que se esforça tanto para mostrar. Seria apenas uma máscara?
Fora todo esse drama, temos a questão da guerra. Amarantha foi apenas o começo. Algo ainda pior que ela está por vir e ameaça a todos, até os humanos. Para salvar seu novo mundo e sua família humana, Feyre fará de tudo para se tornar a arma que pode vencer esse jogo.
Acredito que isso seja tudo o que posso falar da trama em sim, pois acho que vocês devem ler o livro e passar por essa experiência sem nenhuma spoiler. Então não, não vou falar se é um triângulo à la Crepúsculo, ou com quem ela fica, ou... nada disso. Vão ter que descobrir/odiar/amar sozinhos. Sorry!
O que posso dizer é que a escrita da Sarah continua sensacional. Você é imerso nesse mundo fantástico que ela criou e consegue sentir tudo que se passa entre os personagens. O que eu não posso dizer é que amei a reviravolta que ela fez neste segundo livro. É como se, a maior parte do primeiro livro tivesse sido anulada, e, sinceramente, qual a necessidade disso? Por que criar um personagem tão apaixonante quanto o Tamlin para denegrir sua imagem depois? Por que fazer alguém como Tamlin se tornar alguém tão distante de tudo que amamos nele? Ouso dizer que suas ações no final beiram o desprezível.
Sim, eu gosto do Rhys. Gosto muito. Confesso que caí de amores por ele neste segundo livro, mas não estou feliz com isso, mesmo que eu tenha tendência a gostar dos malvados, mas, todavia, entretanto, senti que a autora usou a personalidade do Rhys para manipular o leitor a odiar o Tamlin e aprovar a virada radical que ela deu na história.
A parte da guerra foi espetacular. Conhecemos mais da cultura dos féericos, da primeira guerra. Até o desenvolvimento dos poderes da Feyre é muito legal. A tensão entre ela e Rhys, as discussões bestas, a química, tudo isso é fenomenal... se você esquecer que um dia ela escreveu um primeiro livro, onde Feyre se apaixonou perdidamente por Tamlin, Grão-Senhor da Corte Primaveril, e que fez de tudo para salvá-lo, até mesmo destruir sua própria alma.
Quanto ao gênero, mais uma vez eu vou reclamar. Isso não é YA nem aqui, nem na china. Cenas de livro erótico, produção. Onde isso se encaixa em infanto juvenil? Cenas super descritivas, cenas de violência. Enfim, mas o que está feito, está feito... #suspira
Sim, eu gostei do livro. Sim, eu indico pra quem já leu o primeiro. Sim, eu indico a série, mas leiam com a mente bem aberta e estejam preparados para reviravoltas sem explicações, motivos ou noção alguma. Leiam como quem não aceita qualquer baboseira que autores tentam enfiar na sua cabeça para te manipular a engolir coisas tão desnecessárias e radicais como as que ela fez neste livro. Não se apeguem, não!
E sim, eu estou ansiosa para o próximo livro. Quero saber como essa bagaça termina, caramba!