Autor: Amy Harmon
Editora: Verus
Ano: 2015
Classificação: 5 estrelas
Sinopse: Ambrose Young é lindo — alto e musculoso, com cabelos que chegam aos ombros e olhos penetrantes. O tipo de beleza que poderia figurar na capa de um romance, e Fern Taylor saberia, pois devora esse tipo de livro desde os treze anos. Mas, por ele ser tão bonito, Fern nunca imaginou que poderia ter Ambrose… até tudo na vida dele mudar.
Beleza perdida é a história de uma cidadezinha onde cinco jovens vão para a guerra e apenas um retorna. É uma história sobre perdas — perda coletiva, perda individual, perda da beleza, perda de vidas, perda de identidade, mas também ganhos incalculáveis. É um conto sobre o amor inabalável de uma garota por um guerreiro ferido.
Este é um livro profundo e emocionante sobre a amizade que supera a tristeza, sobre o heroísmo que desafia as definições comuns, além de uma releitura moderna de A Bela e a Fera, que nos faz descobrir que há tanto beleza quanto ferocidade em todos nós.
Sabe aquele livro que você lê e ao final fica sem palavras para descrever o quanto ele te tocou? Pois é, estou vivendo esse momento...
Quando ouvi falar de Beleza Perdida eu sabia que precisava ler esse livro, novamente aquele feeling me dizia que eu iria me apaixonar por essa história e foi dito e feito, ou melhor, lido e feito.
Beleza Perdida é um releitura moderna e sensível de A Bela e a Fera. Por releitura eu quero dizer que o livro pega alguns elementos de A Bela e a Fera e adapta para a sua história, principalmente a questão do feio versus belo e se existe ou pode existir amor verdadeiro entre ambos.
Nós conhecemos Ambrose, um rapaz lindo, gentil, encantador, leal, incrível, apaixonante, capitão do time de luta livre... o sonho de toda garota, ou melhor, o sonho de Fern. Nossa mocinha se sente a feia, com um cabelo volumoso, dentes tortos... digamos apenas que ela não tinha a melhor aparência, ao menos era assim que ela se via.
“Ela era discretamente adorável, modestamente bonita, completamente inconsciente de que, em algum ponto entre a adolescência desajeitada e a idade adulta, havia se tornado tão atraente. E, porque ela não se dava conta, tornava-se ainda mais atraente.”
“- Você acha que existe alguma chance de alguém como Ambrose se apaixonar por alguém como eu?
- Só se ele tiver sorte.”
“Mas isso é que é legal na amizade. Não se trata de ser perfeito nem de ser merecedor. A gente te ama e você ama a gente, por isso vamos estar do seu lado.”
Mas um bom livro, na minha opinião, não é feito apenas dos personagens principais e aí é que está o trunfo de Beleza Perdida. O livro tem vários personagens que merecem destaque. Primeiro é o melhor amigo e primo da Fern, Bailey, um rapaz com uma doença degenerativa, com os dias contados praticamente e mesmo assim com uma sede pela vida no mínimo invejável. Eu amei o Bailey, amei a amizade dele com a Fern, eles eram uma dupla dinâmica e é certeza que o Bailey vai te arrancar muitas risadas.
Os melhores amigos do Ambrose, Paulie, Grant, Jesse e Beans, também são muito legais, tinham tudo para serem idiotas, mas não são... ta o Beans é um pouco, mas quem não tem um amigo idiota? Eu tenho!
O pai da Fern... sem dúvida é um dos meus personagens favoritos! Ele me lembrou tanto o meu pai que chegava a ser assustador! Rsrsrs
“- Como sabia que eu precisava de você?
- Porque eu preciso de você.”
É lindo, emocionante, sobre aprender a lidar com o luto, a perda... as dificuldades da vida no geral e apesar disso tudo ainda ver beleza e não desistir. Beleza Perdida está entrando para o hall dos melhores livros que li na vida e eu só posso dizer: Leiam!
“A verdadeira beleza, aquela que não se desvanece ou se esvai, precisa de tempo, de pressão, precisa de uma resistência incrível. É o gotejamento lento que faz a estalactite, o tremor da Terra que cria as montanhas, o constante bater das ondas que quebra as rochas e suaviza as arestas. E da violência, do furor, da ira dos ventos, do rugido das águas emerge algo melhor, algo que de outra forma nunca existiria. E assim suportamos. Temos fé na existência de um propósito. Temos esperança em coisas que não podemos ver. Acreditamos que há lições na perda e poder no amor, e que temos dentro de nós o potencial para uma beleza tão magnífica que o nosso corpo não pode conte-la.”